quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Nós e o Trabalho .....

“— E o “desculpismo”? Nesse terreno de assis­tência espiritual, verão, um dia, quantos pretextos são inventados pelas criaturas terrestres por fugir ao testemunho da verdade divina, nas tarefas que lhes são próprias. Os mordomos da responsabili­dade alegam excesso de deveres, os servidores da obediência afirmam ausência de ensejo. Os que guar­dam possibilidades financeiras montam guarda ao patrimônio amoedado, os que receberam a bênção da pobreza de recursos monetários aconselham-se com a revolta. Os moços declaram-se muito jovens para cultivar as realidades sublimes, os mais idosos afir­mam-se inúteis para servi-las. Os casados reclamam quanto à família, os solteiros queixam-se da ausên­cia dela. Dizem os doentes que não podem, comen­tam os sãos que não precisam. Raros companheiros encarnados conseguem viver sem a contradição.” (1)
( Os Mensageiros: Cap. 28, pag 153- pelo Espirito André Luiz e psicografia de Francisco Candido Xavier, Edirtado pela FEB)

Fala-se muito nos dias de hoje em trabalho voluntário, como se estivesse a humanidade dando uma resposta ao mandamento divino de amar ao próximo como a sí mesmo. No entanto, o que vemos não é o trabalho voluntário sendo difundido e praticado....
Infelizmente, como nos diz André Luiiz há 67 anos, ainda não aprendemos a praticar a Lei de Amor em relação ao nosso próximo, afinal de contas os problemas dele não são nossos....
Hoje se formos prencher um curriculum para qualquer grande empresa haverá lá uma pergunta: - Quantas horas de serviço voluntário o candidato já práticou?
No nosso curriculum junto ao plano espiritual também deve ter essa pergunta, afinal de contas quando estamos nos preparndo para o retorno à vida física, com certeza no afã de mostrar serviço, prometemos não apenas ajudar ao necessitado, mas vivenciar tudo o que ele viver. E depois que renascemos, esquecemos o prometido?
É por isso que Jesus está constantemente nos chamando a atenção para as nossas responsabilidades ou como nos diz ainda André Luiz: “Pode a enxada ser excelente, mas, se falta espírito de serviço no cultivador, o ganho da enxada será inevitavelmente a ferrugem”. (2)
No nosso momento de vida e com tantas chances de serviço não há porque estarmos à espera de algo que nos chame para o trabalho seja ele fácil ou difícil, dentro da nossa concepção, ensejo ou vontade mesmo de trabalhar.
Afinal de contas como nos diz André Luiz em nosso Lar – “Quando o trabalhador está pronto o trabalho aparece”. E nós estamos prontos?
Campos para atuarmos não nos faltam: Hospitais, Creches, Orfanatos, Famílias em dificuldades, idosos, jovens envolvidos com todos os vícios possíveis, amparo espiritual .....
São tantas opções e com certeza há muitos companheiros em busca de um amigo que queira ombrear com ele um trabalho tão gostoso e construtivo....
Sem contar que o trabalho voluntário, o amor dedicado e ofertado ao próximo é um ótimo remédio, quantas pessoas que estão em depressão, mal amadas, se amando de menos e que poderiam estar prestando algum socorro a outrem e descobrindo que os seus problemas são até muito pequenos perto dos problemas alheios. Que a sua saúde não é assim tão frágil perto de tantas pessoas realmente doente que há por aí. Irá descobrir que reclamar da vida não é solução para nada, perto de tantos irmãos que mesmo em situação que consideraríamos irreversíveis ainda nos ensinam a sorrir e mostram que a esperança é a ultima que morre.....
Enquanto estamos perdidos dentro do nosso dicionário de reclamações há muita gente não em busca de palavras novas para descrever a dor e a tristeza, mas estão usando velhos chavões tais como: amor, fé, esperança. Irmão, coragem.... Estou aqui!
Ainda necessita a humanidade de um aprendizado maior na Lei de Amor, mas com certeza ainda haveremos de ver a globalização do amor sendo praticada sem necessitarmos das dores, do sofrimento como ferramenta de aprimoramento da nossa fraternidade, da nossa humildade. Com certeza então o irmão não será visto apenas como extensão das nossas vidas, mas como parte dela ....

(1) - Os Mensageiros: Cap. 28, pag 153- pelo Espirito André Luiz e psicografia de Francisco Candido Xavier, Editado pela FEB.
(2) - Os Mensageiros: Cap. 03, pag 23- pelo Espirito André Luiz e psicografia de Francisco Candido Xavier, Editado pela FEB.

Celso.antonio2008@ig.com.br

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